terça-feira, 24 de novembro de 2009

Espancar pra Valer.

Hoje, me odeio.
Não consigo expressar-me em palavras, porém do meu ponto de vista em decomposição, sou aquela criança que olha mais pro céu do que para o chão, por isso, fico no seu colo até adormecer. Por favor, te peço, não vá embora.

Tu sabes, não sabe?
Açúcar e sal em meu corpo sem sol.

Você que já se acostumou com as minhas lágrimas vermelhas, costurou e costurou as minhas feridas vitais e também sabe como ninguém arrebentar a minha vida.

Surto, impulso repulsivo que vem de dentro da minha raiva.
Ela não é boa, nem eu, nem você... Então quem?

Pense bem, o óbvio é primeiro caminho da mente, descrente. Engoli tudo a minha volta, com os pés chatos e descalços, molhado de chuva e sem compromisso. No teu seio, meu sangue sujo, uma poesia em voz alta e uma carta de despedida.

PRECISO SAIR DAQUI!
P-R-E-C-I-S-O S-A-I-R D-A-Q-U-I!

As asas que você me deu e não me ensinou a voar, junto com o seu anjo rebelde, estão indo pra longe, pra mais perto do céu. Um céu particular, cheio de estrelas prateadas sensíveis as mais pitorescas sensações e uma lagoa mágica capaz de intrigar todos os dias.

Lá, palavra-puxa-palavra, numa entrega que poucos são capazes de ver-sentindo. Quero ser tudo isso do alto da minha plenitude, pelo caminho pluvial que leva ao encontro das águas. Logo, aos poucos vou partindo num ADEUS bucólico.

Talvez eu volte, talvez não.

Um comentário:

  1. O que tanto me atrai ???

    Respondo:

    Palavras suas que o vento me traz... seus versos nao sao apenas uma boa leitura, tem cheirinho e sao saborosos.
    Devoro com intensidade suas palavras magestosas ou ate mesmo passo mal com seu sincericidio insdiscreto.

    PRECISO VOLTAR AQUI !

    Fantastico!

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