segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Só de passagem.



(...Deixo a literatura me tomar numa garrafa de destilado liberal...)

Anoitece, mas ainda sou dia
Mente em paz e corações em disparada
Preciso criar universos para viver
Para me distrair da vida

Engulo-me entre as letras menos espaçosas
Trocadilhos sagazes espetam minha confiança
Tudo bem.
Velhos acordes formam uma nova poesia
E transformam o poeta num viciado no jogo das palavras malditas – eu disse malditas

Cabelos que voam entre solos de guitarra
Somos jovens, somos belos, somos tudo
Até quando?
Até nunca mais. Até o sol raiar.

Mundo que despenca em câmera lenta
Banalizaram o sentido de sentimento
Rotina que cheira a exaltação etílica
Garçom, uma passagem só de volta para onde nunca fui, faizfavôr.

E você, já pagou sua cota de vergonha alheia hoje?