sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Verborréia.

Ela me olha como uma pisciana quando está de folga me ressoando nada mais do que o amor genuíno. Ela é sensivelmente diferente e, gosto disso, é como transpirar alegria.

(...)

Diretamente da minha magreza angulosa e famélica para os seus retratos em preto e branco, um sobressalto no passado que bate a porta, e, na minha particularmente falando: bate todos os dias. É simples, é uma coisa psicossomática do intestino e da luz, crucial, nesse momento, de esquecimento involuntário pela dor. Chega até a ser cômico, o ser picaresco! É rir para não chorar, é amar para sobreviver. Esse é o mundo em que vivo, sinta-se a vontade para fumar charutos fedorentos e cuspir suas secreções seqüencialmente no meu chão de ladrilho.

Não consigo mais viver sem falar de amor, ou sem “amor,fazer” e sem as imagens captadas nos meus sonhos e pesadelos: com elas monto vídeo clipes aberrantes na minha cabeça e quase sempre deixo no repeat durante semanas, talvez esse seja o meu jeito de sonhar acordado e com a boca aberta. Me odeio e me adoro num comportamento bipolar que, me faz achar palavras onde ninguém mais pode. Sei. Sinto (!) o-dor.

Um estribilho fantástico e cheio de fantasia, vou simplesmente me entregar a ele, nadando nas notas músicas e arrotando revolta. Vou esquecer o significado de “saúde mental” e “manhã febril”, desenharei os pequenos traços da moça por quem o frenesi bomba até estourar as veias e, seria eu capaz até reviver de uma morte programada, só pelo respiro daquele sorriso.

Ataque epilético e contrações grávidas. Preciso de umas pílulas com gosto de química, risadas que duram não mais que 2 horas e, meus laços e vasos sanguíneos seguem se entrelaçando.

E, é tão prazeroso. Simples e direto, é um prazer em que há espanto. O prazer do grito, do escuro, da lata de lixo e do subsolo do mundo. Esse é meu santuário, irei para lá, ficar seguro e pensar que as pessoas não existem. A música acompanhada de um copo de cerveja, falarei sobre filosofia e teologia comigo mesmo, num ritual diário e frenético: vou envelhecer e reconhecer a velhice no espelho através dos dias e noites que sempre lutarei para que sejam infinitamente jovens.

Os dados ainda estão rolando, mas prefiro não-encarar isso como simples jogo.

(...)

Sensivelmente diferente, aí ó: onde queríamos chegar.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O verdadeiro valor de um FODA-SE.

Uma garota diz pra outra – “eu realmente tive muita sorte em conhecer você”.

Já ouvi isso em algum lugar.

FODA-SE.

Cansei de ligar a TV, de não ter cafuné, de ser morbidamente único, de sonhar e acordar e da minha eterna covardia. Oh, grande merda de desabafo amplificado! Apenas mais um.

Comecei a escrever um texto póstumo e as náuseas passaram, acho que morri mais um pouco. Revoltando-me com tão pouco, acho que vou explodir, não, acho que comi veneno enlatado, aquele mesmo que damos para as crianças e o sentimento é o de um chute no meio da bunda.

Meu cativeiro soul eu mesmo. E novamente: FODA-SE. E mais uma vez: FODA-SE.

Não vejo nenhum lado sagrado, e você? Vejo o homem fazer a vasectomia do mundo, uma esterilização voluntária, vejo isso, sem cortes e os efeitos especiais são os próprios efeitos que sentimos na pele, alma e coração. E daí? FODA-SE. É divertido sofrer e perder. Venha! Não tenha vergonha e, se junte a nós: os pobres chorões e infelizes.

Recanalizando...

Estou doente e enjoado até da minha voz, ao mesmo tempo, leve e livre para voar para longe, acho que é isso, só a solidão me entende e vice-versa. Quando era pequeno o armário era onde eu mais gostava de ficar, hoje vou para lá, praticar um pouco de “abaixamento de nível”.

Não tenho vergonha nenhuma da minha pessoa, até me orgulha a coragem de estar aqui, simplesmente algo me diz que não é para qualquer um. Quem pergunta? Quem realmente quer saber? FODA-SE. Sentimento persistente e doentio, esse flerte com a loucura é como respirar um incêndio tóxico, vejo, plástico e vidas queimando na esquina da vida louca.

Louca vida, essa minha, alias, prefiro dizer: essa nossa. Soul um personagem criado por uma mente extremamente doentia e sádica, cansado de ficar lá dentro, batendo nos 4 cantos até conseguir a expansividade, sai, e, não me pergunte como. Foi por algum buraco, não sei ao certo qual, na hora da queda, perdi a consciência e, ela dói até agora. Não consigo dormir, urinar dói também e não cai uma gota se quer, já pensei na cocheira, na chuva e... Nada. Tenho medo de mim mesmo, mas quem soul eu?

FODA-SE.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Moldura de Inspiração.

Estou cansado de me sentir tão inseguro, de ser minha própria parasitose de energia crua, por isso tenho alucinado com freqüência. Da janela fico horas observando os carros indo e vindo, imagino vidas inteiras e suas histórias, acendo um cigarro e tomo meu remédio para o estômago. Está tudo tranqüilo. Até as emoções recalcadas resolveram brilhar e, inexplicavelmente as linhas do meu texto se alongam numa evolução notável.

Desisti de morrer, suicidas não vão para o céu. Passivo-Agressivo. Tenho é que agradecer todas as minhas dores por me apresentarem a arte e meus ídolos fracassados por me mostrarem o caminho, mesmo que através de seus erros. E, é belo o entardecer daqui.

Ouvindo Dolores O'Riordan, fica mais belo ainda. Admito, estou “inlóvis”. A “ela” quero amar totalmente e de forma incondicional, “ela” sabe que terá meus olhares de criança em todas as manhãs de sábado e, até nas demais, quando o dia é apenas coadjuvante.

FAZER AMOR EM CATARSE! TROCAR DE COR! NÓS TRANSFORMAR EM ANIMAIS VOLÁTEIS!

Eis, o poder do amor: as palavras jorram torrencialmente, depois da lambida que com calma “ela” deu no meu coração, calejando a língua com todo o meu sangue de menino forte e vermelho escuro. Amor ilumine-me, por favor, não quero me apagar assim! Não vou!

Da janela olho o céu, o barulho dos carros e das pessoas se apagou. Saúdo a lua, o mundo da lua. Estou tão próximo “dela” agora, as estrelas estão mais brilhantes e o amor em trabalho de parto. É sereno o anoitecer daqui: vejo a lua rolar como nós em terras novas, em breve. Da janela, soul a moldura da minha inspiração, um pedaço de chocolate com chantili, recheado de boas intenções brancas. Nada mais pode nos separar agora, nem mesmo o meu escapismo depressivo, nem o nosso antigo e desbotado medo de nos entregar e nem o ego derrotado do meu espírito. Vejo isso com uma simplicidade tremenda, da janela.

O vento chegou a minha face, meus dedos tocam lentamente o intocável, “ela” está aqui e foi trazida pela lua cheia. Sim, a mesma que torna as estrelas mais brilhantes.

Da janela, liberdade de contato.
Lua fértil, amor viril.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Pantocal 40 mg.

Ganhamos a guerra,
a hipocrisia patriótica está a pleno vapor
somos soldados do consumismo
uni-vos.
Matar pela paz, morrer pela guerra
qual é você? Quem é você?
Não sei por que: tudo que eu faço é lixo
não sei por que, amanheci sem cheiro
é hoje, preciso mudar e rápido
é hoje, vou me acariciar com notas de 50,
só vejo: vaginas dilatadas e berros escarrados de prazer
ela sangra todo mês, eu também, dá até pra ver escorrer
gostei realmente de ter sangue nas mãos, o meu
na minha face, no meu desejo: eu quero álcool
(apartesuperiordomeuestômago-grita!maldita arte surrealista)
FALTA DE AR CONTROLA O PEITO, VOU TOSSIR ATÉ VOMITAR

“Se servir de lição, pare e, leve na brincadeira”

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Pedaços em carne fresca.

O que eu quero?
Uma dezena de lideres de torcida com seus suéteres centralizados pelo símbolo da (A)narquia.

Dê uma palavra o dicionário me leva para outra e, outra. Poderia ficar horas aqui, olhando todos esses cadáveres de bonecas, remontá-las com os corpos de suas irmãs e assim por diante. Hoje não. A experiência soul eu, a doença é minha e a falsa liberdade também. Aproveite... (Ejacule, se quiser!)

Tente de novo, o amor é cego.
Tente de novo tirando as vendas.

Meus hormônios se engalfinharam com os dela,
ela é simples,
ela é minha,
ela se veste com seus sonhos.

Tudo se acaba, o sol volta todo dia e, é belo revelo a cada nascer. Garota, quero esses olhos de infinito, quero o vento que transportas bailando por aí, quero subir num palco e quebrar tudo o que há lá em cima. Sem dó dá piedade. Só, assim soul eu.

Agindo com o instinto fica mais gostoso
bebendo seu licor, da cor dos seus olhos
amamentando-me em você
com força, com leveza
assim que vai ser.

Garota, você causa abalos sísmicos no meu sistema nervoso periférico.
Garota, viver sem você, arrebenta meu coração.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Fungos do armário.

Para onde os sonhos vão?

(...)

Funda seu ideal
ama-mente a pátria
seja o que papai sempre quis

(...)

Tem algo azedo perto do meu nojo, meias e meios encardidos e, eu não sei como lavar. Dada a primazia da minha animalidade, essa enferma anomalia: necessito deitar nu e encolhido no meu lençol cheios de traços do meu cabelo liso. Queria poder ver a noite passar, lenta.

(...)

Que noite está aqui.

Uma mulher loira aparentava ter uns 35. Ela era mais provocante do que bonita, sem parar de me sugar com o olhar. Eu só queria me retirar. Então, ela se aproximou, com chamas pelo corpo...

“- Eu sou a garota que quer transar com você.” Ela disse, sem pestanejar. “Olha só como você me deixa, sinta”. (ela força minhas mãos até sua vagina)”Você acha que não sei o que estás a pensar agora?” Ela ainda não tinha terminado, mas eu estava partindo... “ irei ao seu encontro, menino”...

“Desculpe, prefiro ir sozinho e me masturbar ouvindo Sonic Youth.”

(...)

Desafiando interpretações, soul o rei da minha sórdida literatura. Concluo. Caminhando por um vale pastoril, quase bucólico e com uma plana vista para o mar: ah o mar, se eu for sentirei saudades.

- Não seja tímido!
- Não seja ridículo!

Odeio as pessoas e essa mania de decidir tudo para mim, odeio também a minha vontade natural de não decepcioná-las. Mas tudo bem, esse final de semana meu cocô saiu duro como pedra e tudo que me agrega foi sólido, como ele. Isso é bom, porque saiu de mim.

(...)

James Joyce adora complicar as coisas. “Mas quem disse que a vida é fácil?” – retrucou o Capitão Nascimento.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Cometa Suicida.

Nem todas as noites de punk, nem as náuseas internas, nem os comprimidos para gastrite, nem a tentativa de resgate da juventude, nem a virose das crianças, nem o amor platônico...

É maior do que o cometa suicida.
Ele se choca comigo, numa explosão celeste.
Eu fui exposto a sua fragmentação.
Uma chuva meteórica e cheia de interrogações.
Eu fui exposto a isso, eu fui exposto ao cometa suicida.
Eu fui exposto a uma sensação de desespero intensa.

No porão da casa da vóvó, trancaram e violentaram a minha infância. Um rapaz da turma de 90, ele gostava de tocar os pequenos, ele é fruto do intenso. E, me espanta a vontade do instinto. Não?!

Sim!

A dor se espreguiça no meu estômago, lenta-mente, no seu ciclo natural. Um lado, para o outro com a insônia. Tenho todo o poder agora e, a vida pesa duas toneladas, cheia de ângulos e parábolas, não tão simples assim ao entendimento alheio. E, não maior que o cometa suicida.

Cometa suicida. Cometa suicida. Cometa “o suicídio”, do dia.
Ele se choca comigo numa explosão celeste.
Eu fui exposto a sua fragmentação.
Eu fui exposto a uma sensação de desespero intensa.

Nariz escorrendo, chuva caindo. Então, é domingo. Mais que um drogado, quero clímax e satisfação, me enrugar nessa preguiça no sentindo dos travesseiros. Navego-me por inteiro.

Esse foi meu tempo, as horas estão cada vez mais rápidas, as palavras na sua ordem, lerdas. Tantas coisas eu gostaria de esquecer, peço desculpas, hoje suou a melancolia.

Seria o amor, um leito de recuperação?
Soul uma estrela cadente e, meu olhar é grande e sincero.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

E X T R A L A R G E L O V E

O enrustidamente estúpido floreador de palavras, prazer.
só quero me entregar a isso, completamente,
me prometeram o céu.

- Onde estou?

Com o ferrão da palavra, está tudo bem, apesar de estar sedado na latrina esperando as tremedeiras passarem. Elas não passam. Fones no ouvido, preciso de silêncio. Um tempo para conhecer meu corpo enrustido:a metade que uns sonham e outros abominam.

- Urinado sem parar, é bom pra imaginar... Ca....cho..eira...

Crianças e explosões nucleares

de olhos fechados

barrigas de aluguel e abortos espontâneos

humor cinza

um homem na estrada e a vergonha alheia...

Me sentindo tão sozinho, acho que vou descer o lixo e aí depois você me põe para escorrer, -esprema que sai sangue sujo-. Tire também os musgos escorregadios do caminho, espero que você não me odeie, eu te amo do fundo do meu coração carente que tenta ser valente. As vezes.

A única certeza é que sou dono da minha arte. Já foi o tempo de me importar, vou apenas deixar fluir, descer nessa corredeira e mergulhar na gosma da vida.

- Existe a possibilidade de sexo?
- Existe a verdade em excesso?

Ela é a única que pode me ver sonhando
ela é a única que pode ver meus órgãos se mexerem
e gosta.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Amor Fecal.

O verso se fez em carne, o calor abandonou o corpo e a arte é a única maneira que consigo filtrar o mundo, e vou usá-la para causar o caos e só. Cada vez mais excêntrico. Não me masturbo mais, perdi a imaginação. Escavando cavidades em mim, no verniz da minha literatura na dor da minha pintura de cores escurecidas: um céu tingido de vermelho, o amor laranja-psicodélico e o roxo espalhafatoso vaza pra fora da visão. O intitulei de “Amor fecal”.

Pela manhã, vomito inspiração azeitada a escatologia num fluxo gostoso e colorido, ainda, vejo frases variadas, recheadas e com cheiro de brechó. Estaria eu, voltando a ser um vagabundo paparicado e amado?

Estilo, estilete. Soul eu.
Ruidoso, perturbador e provocativo. Soul eu.
Pilha de contradições. Somos nós.

Vagamente sinto uma obra-mestra a caminho. Um embrião de felicidade onde coloquei a minha semente, o fluido orgânico que sai de mim e vai até o local de fertilização. Um líquido denso, gelatinoso, branco acinzentado e opalino. Quer provar?

Muito mais palavras e filmes antigos na minha cabeça, quero decorá-la com recortes de revistas velhas, pedaços de pele humana e beijos. Descobri que ainda posso ser doce, vou até investir nisso, do mesmo jeito que invisto nos hamburgers do MC Donald’s. Vindo de mim isso é bom, aliás, só poderia ser.

Ter um amigo imaginário depois da puberdade é normal?
Ou a minha dura para sempre?

Pequenas subversões para constituir um enredo, pouco combinatório. Um trash 80.Espere um segundo, e se o pincel fosse a minha guitarra e as palavras a minha blasfemia? “Poxa, íamos adorar!”, “ esse poema é pra mim?”. - Não. Ele é sobre corrimento vaginal.

Queria ser famoso só para dizer besteiras bárbaras e mentiras apocalípticas aos jornalistas, adoro aquelas letras cuidadosamente grafadas.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A Coisa.

Delicadamente mal-educado e fraco. “Acho que vou simplesmente desistir.”

Sente-se, tome um café e brinque comigo. ”Sinta essa explosão de expressão.”

Aroma de plástico, bonecas falecidas. “Cheirando a morte amanhecida.”

Comportamento desordenado, fome não há. “Sistema sensível que reage rápido e forte.”

- Amor, me busca uma cerveja. “Loucura, séria? Seria a forma mais elevada de inteligência?”

O que há errado com a vida em sociedade? ”Fixações e variações extremas de humor.”

Espetáculo repugnante coberto com os véus da mentira. “Males que dão asas a imaginação.”

Emoções profundas causam a aproximação intuitiva. “Transcende os meros 5 sentidos.”

Vou pular pro outro lado, só para saber como é. “Eles acham a poesia tão simplista, egoísta.”

Desespero profundo e prolongado. “Tudo bem, eu tenho um amigo imaginário.”

Isolado, em sua busca artística. “E pensar que já fui capaz de amar qualquer horizonte.”

Meu quarto, minha prisão intelectual. “Por favor, não desista de mim.”

Na escola apanhei tanto, acho que fiquei retardado. “No existe o meio termo, nenhum.”

Nota baixa, inapetência moral, física e psíquica. “Apresento-lhes as raízes da genialidade.”

As palavras voam pela cabeça, ainda posso respirar. “Entrando na carne, faz bem.”

Preciso de um caminho, um caminho, um ninho. “Colo de mãe, cordão umbilical.”

Eu sou o estilista da língua. “A pressão da existência, existe?”

1 lauda de felicidade, ali. - Corre! “Amor e ódio. Intimamente entrelaçados.”

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A Barata da filosofia.

Em uma das minhas perambulações pelas morais e pensamentos sarcásticos, aqueles dotados de ironia amarga e insólita: tive medo. A minha falta de apetite é preocupante, a inspiração inquietante, e hoje ela foi posta em relevo. Creio instintivamente nesse sentido e não abro. É quando os pensamentos escorrem, a cabeça dói e você só quer que o dia acabe. Bem ou mal.

Porém, uma nobre alma transparente dos olhos claros, me deu o don de sonhar. Ela é inundada de luz, suas barbatanas espalham felicidade genuína. Eu a amo. Basta.

- Seja bem vindo ao reino da minha invenção. Fique à vontade para sentir vontade.

(...)

Diálogos. As crises coloridas da minha loucura. Nada relevante. Afinal você já sabe e me considera como tal. Lélé da cuca. Disserto sobre a loucura, mas me sinto louco mesmo enquanto danço, canto (grito), ou então me desintegro. A escrita é apenas uma conclusão sistemática, onde, de forma nada habitual expresso-me e flutuo. As vezes sei que sou muito repetitivo, mas lhe adianto, talvez nunca mude. Talvez siga sempre assim: desenhando pornografias em portas de banheiros e convivendo com explosões. É duro, mas é a verdade.

A verdade está nos meus olhos agora, ela é castanha e nua. Tenho também algo benévolo aqui no centro do peito, cravado! Não que eu seja do bem, nem do mal. É só um órgão vital bom, muito. Com ele gosto de sorrir e cantarolar no chuveiro, ele é uma metamorfose do eu-ser, desconfio que seja também meu estado de espírito.

(...)

Devaneios a parte, sou louco e estou apaixonado.
Desculpem as mentes sãs, mas a junção das duas coisas é o orgasmo.
E é pra lá que me vou.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Imprimindo sensações.

Esquisitamente triste. Dia triste, apenas mais um. Ah, antes que me esqueça, o futuro, ele não existe. Hoje, vim pra casa só para me encarar no espelho. Ficar de joelhos. Me aproveitar, enquanto posso. Anjos...

- Te pego no twist, baby.

- Rodopiar é simplesmente gostoso.

É bom esquecer o tempo, mas eu não consigo. Não dá! Isso é uma merda sem tamanho. Sabe quando alguém planta uma semente na sua cabeça? É pior e faz parte.

Por hoje é solidão. Hoje, grito meu desabafo amplificado aos 4 cantos, fecho meus olhos e só enxergo gritos. Exuberantes e com cheiro de fumaça negra. Nostalgicamente claros. O Nirvana da sinceridade, as dúvidas das minhas palavras embaralhadas, e eu mastigo elas pra você, sem pressa, num olhar clínico-psiquico.

As florestas do eu, queimam. Isso é só mais uma poesia inspirada em solos de guitarra. É lixo, é lixo! Lágrimas não apagam cicatrizes. Mereço o esquecimento, até que gosto dessas ilusões de ótica. Esse “Eterno bang-jump!”

Estudando o universo, encolhido e em uma cama que não é minha, mas já foi um dia. Dreno os medos, sí-não desapareço, medito ao meu modo. Aonde o universo aprendeu e me fazer sofrer, assim? Numa viagem dessas me perdi e a volta é distante e cruel.

O mundo chama. Não quero ir!

- Dubirâ-Dubirâ-Dubirâ-Dubirâ.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Irmão preto.

São tantas vozes que não sei por onde começar. A música é única, ela me basta.

Pensamentos maus, pensamentos perversos. Por onde começo?

Meus sonhos são tão reais, vejo um amor que aos poucos se concretiza e por enquanto estou de olhos abertos. Até quando? Até quando? Sorrir para não chorar. O que acontece? Revolução.

Se não se importar, agora, eu apenas gostaria de ficar distante. Deixo as músicas únicas se misturarem na minha mente, soul capaz de explodir, mais uma vez. Até adrenalina dói.

Odiar nunca foi tão gostoso. Alimento-me de olhares e você? Esfola-se em masturbação?
Odeio quem diz “ano novo, vida nova”.

– Boa noite, seu ânus é belo.

- Toque-me.

Aqui, aqui, mesmo. É onde eu posso gritar. E foda-se. Posso começar por aqui?

- Hein?

Hey, você tem um portal para os meus orgasmos! E digo “vamos!”.

Estou destroçado, mas eu aprendi um pouco com o punk-rock. Aqui é um (re)começo?
Faz tempo essas que palavras estão encalhadas nos meus parágrafos, elas são a minha soma e o resultado ninguém sabe. Eu sei.

Um irmão que gosta de você, isso é um começo de uma conexão.