quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mosh.

Highland Malt, cigarros e implosão mental

confuso e-feito poesia

simetria

aqui perfeita,

enfeita

os adornos da perdição


brinco com a vida,

porque

estamos há 1 segundo do desconhecido


então

o que vale mais:

meia verdade ou uma mentira bem dita?


odeio premissas e pressentimentos

por favor, não diga mais uma palavra

tenho anemia pública e privada

tudo gira e vai embora

evapora

ô-dor.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Idioterne.

um dia não pode ser mais um

de tão raro você nem nota

de tão próximo fica invisível

de tão nítido vira enrustido

e...

estou apaixonado por tudo que não lhe interessa


nunca alguém buscou minha essência

as minhas palavras falam mais que eu

nunca ninguém notou minha falta de consciência

a minha verdade não dói


dos seus olhos nasce um sorriso diferente

nascente de felicidade,

instantâneo baque,

olhar cruzado em fototerapia

A M P L I A

meu jeito de ser


mais perto da violência do que da genialidade

a revolta é minha, fui eu quem começou a guerra

na sala de espera, você aguarda o mundo mudar

moral da história:

surpreender é preciso.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Aonde estou.

De todos os meus gritos interrompidos, o que mais gosto é esse. Carregado de desejo mórbido e uma forte excitação, dotado e vibrante em apenas não fazer nada.

Despercebido até pela chuva, isolei-me para chorar. As lágrimas clandestinas escorreram e não apagaram meu incêndio. Me apego nos meus gestos, me escondo na minha ambiguidade e padeço, eventualmente, incontrolável.

Gosto de ver como as pessoas questionam e encarram o mundo, não que eu goste delas, só alimento meu subversivo as observando.

Imagino que o céu é só meu, assim respiro, um pouco mais tranquilo. O vento invade a alma e no rebuliço sai poema, sai poesia e até a malacabada prosa mimosa.

A sociedade de tão complexa me inspira, e eu de tão simples me limito a poucas palavras com meu ego. É o meu carpe diem, meu “saúde!” após o primeiro brinde de sexta-feira.

Preciso não viver, sentir a vida. Por o dedo infeccioso na ferida, causar desconforto para depois sentir a brisa. Punk porra: Kurt Cobain, Bakunin e todos pixadores que acham o vandalismo algo divino e revigorante, são minha fonte. E mais...

Embebido, me tornei destemido. Em pausa, a cachaça, me subiu a mente feito “fuguete”, me fazendo pensar e iluminar melhor. 1,2,3. Toca-se o foda-se e minha bateria é imaginária.

O que dizer? Adoro o contra-baixo endoidado e adocicado com um vocal descotroladamente amplificado.

Nada além do óbvio. Eu sou feio e você também.

E nada seria o que é sem o mar azul que me acorda todo sábado de manhã.