Escorada nas paredes
maltratadas ao lado do bar, a juventude
aquela cortina de
fumaça é invisível quando eu olho e ela olha
testemunhas oculares
de um momento instável
um trago no cigarro
enquanto tento encontrar a palavra certa
a hora certa de
chegar
o momento certo de
fazer a estrela brilhar
no calor de um beijo
desenho com a imaginação
e não me importo
mais em ser piegas
inclusive, mais um
cigarro e uma Vale Verde
uma pausa.
uma emoção.
aquela roída nas
unhas.
aquela mesma cara
envelhecendo no espelho 3x4.
Sim, é hora de parar
pra penar
só que meus destinos
me perseguem
estou preso na pior
das prisões
dentro está nublado
tenho saudades de embarcar na roda gigante dos seus olhos