quarta-feira, 26 de maio de 2010

Estupro dos meus pensamentos.

Não quero ouvir a música, quero entrar dentro dela
surfar por cada nota onde haja vontade de gritar
vou morrer tentando, eu juro
vou tentar morrendo, eu-escuro

Estou realmente assustado, me vê do avesso?
é chegada a hora, que palavras não valem nada
nem ao menos uma ideia ilustrada
na cara
dura.

O mundo é quem toma as decisões trágicas
o homem é apenas o engenho da estupidez
pensamentos que fazem eco
mente em ecassez
de novo….

Alquimista suicida, alquimista suicida
por onde você andou?
Pra onde você levou?
Teu simbolismo antigo, teu negativismo

- Hein?

Vou morrer tentando, vou tentar morrendo
a minha ”GRANDE OBRA”, a minha sobra
o feijão-com-arroz da vida, essência primária
de um aprediz sem cheiro, feio
e movido a desejo.

Sintam-se felizes e superiores em relação a minha pessoa.

terça-feira, 25 de maio de 2010

O artesão.

Não ia a lugar nenhum,
mas tinha um lugar para se esconder
era meio vivo, meio morto
porém saliente,
passos de mendigo entre pensamentos,
tinha um certo fulgor, era dor e amor
ao mesmo tempo.

Vergonha para família, desgosto para família
era a flor da pele, dono de desejos unânimes
o maior de todos dentro do seu mundo,
capaz de moldar a forma do espírito
com as próprias mãos.

Doença mental em ascensão
oh lá:
viajava com as próprias mãos,
acreditava ter o coração de papel
e o cérebro de recortes de jornal

A fumaça invadia seus pulmões
cantando e sorrindo
pileque rotineiro, sábio e sagrado.

Até agora
nunca mais.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Claridade insana.

Quando ela chora, elas choram.
Quando mamãe chora, uma mancha.
Quando eu durmo, eu esqueço.
Quando eu ejeto prazer, eu padeço.

De novo. E mais uma vez...

E se a história virasse estória
o mundo, ah o mundo
não fosse só uma grande tramóia
uma desculpa gigante
perante
verdadeiras apelações

COMO POSSO ESQUECER?

Beijos e formas intermináveis
combustível em combustão
explosão de expressão
mais paixão...

Mais doença, mais desconfiança
vida, oh vida
por quê tu não tens fiança?

Tempo demais em frente a TV
macacos vidrados na fraqueza
horas de outrora
Amém.

**

Nesse mundo papelão é cama
Enquanto isso...
sindicalistas bebem e fumam seus charutos.

Quando padeço, esqueço
Tudo bem.
Quando choro ainda enxergo claramente o infinito.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Tumor multi-colorido.

Perdido.

O que há de errado em sorrir decentemente? Vou sorrir sim, e nada mais.

Todos querem mudar o mundo, veja bem.

Você também.

Odeio revolução, amo caos.

Estado primitivo e guiado pelo instinto. Ainda bem:respiro. Respiro sua essência no vapor, sua vida no vapor. Amor, palavras e atitudes em extinção.

Pra baixo, pra baixo
pra cima, pra cima
pro meio, no meio

Achei o climax. Nos meus bolsos infinitos das minhas calças longas que caem pelas beiradas, no meu tênis sujo de cano longo, nos pensamentos mais sombrios que transformam o homem em poeta. Nos olhos azuis. Da menina de luz.

Poesia é pus, poesia é dedo na ferida.

Estou indo pra longe do que nós éramos, dá pra sonhar?

Voar...

Para mim, tudo imaginável é possível.

domingo, 9 de maio de 2010

NÃO É AQUI.

Entrando-pra-dentro-de-mim-mesmo...viajando, sereno...

Dopado de música sigo, breve.

Tragos e escória, vejo vítimas da podridão.

Vandalismo.

Tão belo quanto uma pedrada num policial.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Locução ambígua .

Focado nos pingos de emoção em cada palavra, rindo como se ouvisse Beatles.

Grifos charmosos dançam enquanto embriago-me, e torno-me uma expressão explosiva cheia de pinceladas nervosas e letras garranchadas.

Sim, quero viver para ver o vermelho virar azul (!!!)
Sim, estou me preparando para o amor (!!!)

Agarrar seus sonhos com mãos sedosas, viajar pelos bosques coloridos da mente, dar um tempo, já era tempo...

Um tempo fora faz bem.

Amém.

Quem tem?

Verdades, tapas na cara e pensamentos.

Preciso, preciso
não-viver,
sentir a vida...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Minha nova obsessão

Não sei, tudo me lembra estrelas.
Céu sedutor.

Rajada de nuvens vermelhas em cima do mundo, agora, estou um pouco mais seguro. Respiro, pausadamente, sem a mínima pressa. A hora é essa, meu sangue já ferveu e meu templo é a sociedade da solidão. Por um segundo estive no paraíso. VIVO.

(TRANSFORME-SE)

Não sei, vejo flores cresceram e fetos evoluírem.

Pela manhã comemos sanduíches de realidade. Levanto questões, elevo-me. Há dias sonhei com esse dia, as cores estavam presentes e a lua surgia num celestial convite. É verdade.

Hoje, vejo coisas.
Hoje vejo as coisas.
Como nunca aqui estou,
fazendo uma auto-revolução.
Conclusão:
Tudo já faz parte da noite.