sexta-feira, 26 de junho de 2009

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Diálogo de Esquina.

...Numa tão ávida e densa fome, o pênis, roliço e latente, chama a atenção por si só. Toda ação tem uma reação, não é mesmo? E nos viadutos do seu prazer eu quero entrar, baby!

A vagina é fruto da minha cobiça, e acredito também de todos os homens. Então vamos direto ao assunto: não quero casar com ela, mas sim comprá-la pra mim.

Quanto custa?

sábado, 20 de junho de 2009

+

Ninguém nunca morreu de overdose de pornografia, que eu saiba. Por isso,dessa obra sou o autor. Ah, aquela vagina sim, era a porta da alma. Pequena, clara, quase cor de rosa.....Seus lábios, essência da sua fantasia. Desvairada e cheia de si.. Então, Rebbeca me olha nos olhos e diz “vai!”.

Ela gemia alto, tipo cadela no cio. Também fazia caras e bocas, tentando cativar o meu prazer no complexo espaço do sexo. E pra ser sincero, conseguiu. Passei a me lembrar de tal vagina, semana passada sai até por ai- botecos, bordéis, bailes, hotéis, pensões e paus de araras-. E nada da dita cuja. (Sem vagina = dor de cabeça.) Tomei Novalgina.

A encontrei num lugar inesperado, numa situação agradável. Bela, nua é Rebbeca.

(LUZ, CÂMERA, AÇÃO)

Esperar era muito pra mim. Homem feito, cara de anjo e pele de calango. Penetro a sua derme formando uma circunferência perfeita. Minha respiração ia ficando a cada segundo mais forte, minha fonte crescia como nosso sexo verdadeiramente sacana.... Eu estava verdadeiramente viciado na vagina e....

*O SEU COMPUTADOR PODE ESTAR INFECTADO. TALVEZ DURANTE O PROCEDIMENTO DE REMOÇÃO DO VÍRUS A SUA MÁQUINA SEJA REINICIDADA. DESEJA REINICIAR AGORA

SIM? NÃO?

*continua...

terça-feira, 16 de junho de 2009

3,14.

Todos os dias dando os mesmo passos, para Clemente não é fácil. Acorda cedo. 5 da manhã e vai garimpar sustento, sai da luz pra Consolação, Sé, Jabaquara ou Itaquera,
-quem dera imaginação enchesse barriga- pensou.

Clemente não é crente. Mora sozinha numa quitinete no centro. Adora badalar pelas augustas e madalenas da vida, vive amarrando um fogo que só vendo. Proveniente de uma grande imaginação, daquelas que não tem barreira e se tem ela atravessa. Homem de meia idade vivendo com um bico aqui outro ali, preso apenas as dividas das suas compras a prazo, - pra que esperar?- resmungou consigo mesmo.

Sexta-Feira a noite, Clemente está em casa. Enche o copo de cachaça, mergulha em sórdidos pensamentos e lembranças, naquele momento nem a pinga o fazia mais feliz. A amargura, a solidão que o mundo havia guardado para ele, que por sua vez não compreendia, - o mundo me fez um ignorante..-. Tinha medo, tremia, seus olhos pareciam duas explosões vistas de longe, e esquisito é o que estava para acontecer...

Da gaveta tirou uma grande furadeira. A examinou. Verde escura, tipo musgo, totalmente enferrujada e que para Clemente valia muito. Então, chorou. Ele não lembrava de ter chorado outra vez, parecia uma criança. Abraçou o vento, depois o sofá furado...Por fim, levantou-se decido e caminhou até o banheiro.

Ligou a furadeira na tomada, apontou para sua cabeça e se olhou no espelho. Sorriu.
- Eureka.-.

- Alô tem alguém ai? Perguntou a intrépida imaginação.

A pequena caixa de reflexões.

Tenho refletido sobre a vida...
Vejo uma linha branca que a qualquer momento pode se apagar, simplesmente desaparecer sem ao menos deixar explicação para então nos transformarmos em mais um número. Frações de segundos são milímetros inteiros, e neles a sua vida pode mudar, um jeito de olhar, um toque na pele bipolar, um incidente ou queda do luar. Estamos sujeitos a tudo.

Essa noite estou alto, na altura dos anjos. As nuvens são doces no céu onde só a poesia pode tocar... (li-ber-da-de). Meus pés estavam tão macios, o sol adjacente e todos os raios da manhã pareciam se concentra em mim.

Perdi-me na perdição, porém sem cair em tentação,
pois bem, eu também sou um louco de deus.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Uma Canção pra Aliviar.

Ascendi um incenso pra purificar,
uma prece pra aliviar.

Ando tão solitário e isso é tão banal
o senso da minha realidade está distorcido, o prazo vencido
ruas escuras iluminam as perdições que soam com naturalidade...

Enquanto ela dança está tudo bem
porque da noite sou mero espectador.

E nos braços da noite, o povo caiu,
o calor das estrelas se aboletou na gente.

Gente que finge que é gente, é indigente.

Existe por ai muito maluco consciente,
daquele que beira o indecente
mas não se faz descrente do que almeja acreditar.

O azul pregado no céu soletrou um estático bom dia.
Sigo assim, enfim só....

Próxima parada?
Vai saber...

domingo, 14 de junho de 2009

Juliana.

Pouca luz e vida no meu quarto, apenas um fato.
Tantos segredos avoando por aqui, tudo bem o espaço é grande.
E logo hoje eu lembrei de uma rara beleza, daqueles bons tempos boêmios.

(Juliana, esse nome não sai da minha cabeça...)

Essa carta é pra ti, onde estiver;

Eu tenho que pedir uma coisa: olhe pra mim sempre como se fosse verão
perto do meu olhar, no caminho do coração.

Eu tenho que te contar uma coisa: pra mim você soa tão natural
Todo esse fenômeno eu tive que por a prova em poesia.
E ela surge como...

E se pudéssemos voar?
Uma constelação de presente pra ti,

Ponteiros trancam as portas
o clima rarefeito esconde defeitos
na fronteira do amor próprio
lúdico seria se você aqui estivesse...

(..Milhares de caravelas partiram do meu coração, chegarão ao seu?..)

Aquela noite em que você dançava....eu formulei o infinito.
E o guardei bem dentro de mim.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dicionário.

AMOR. Palavra em extinção.
Forma-se através de tantas outras, mas é única;
tem a cor e a energia que nenhuma outra tem.
Nesse horizonte avistei....AMOR.

Causas naturais me trouxeram até aqui.
Alguém ai se importa? Será?

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Monólogo sobre a Filosofia.

Filosofia pra sociólogo ver
só tem graça quando leigo gosta.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Monólogo sobre a Vagina.

Dela, particularmente, eu gosto da circunferência.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Aspas que Aquecem.

Os dias passam como página no meu diário, (e enfim o inverno chegou)...

Vem mais perto de mim, sinta a chama explicita no recinto, veja bem de dentro da minha história e verás que os degraus da loucura beiram a sobriedade. Ao longo dos anos, eu sigo caminhando com aquele brilho intrigante no olhar para o horizonte e perguntando ao meu nobre estado de espírito - “será o ego o verdadeiro culpado de todos os nosso excessos?”-.

Está frio demais para pensar agora.
Calor nesse junho senil? Nem durante o sol do meio dia. Mas o frio também “enchiquece” o povo, meu caro leitor. Mulheres desfilam de lá pra cá com seus cachecóis, blusas com plumas ou pelos de animais exóticos pra esquentar a nuca, dá gosto de ver.

Senti um cheiro de naftalina no exato momento que eu cheguei na terra da garoa.
(Terra da garoa nada, terra de frio lascado, sô!)

Eu e meu bigode ralo. ( alguns me acharam parecido com o Mazaropi, outras pessoas diziam quem estava mais para uma galã da novela das seis), minha vestes quase rupestres, a pequena mochilinha encardida que eu carregava todos meu ideiais e minha caixa preta, (essa hora era de celebre merecimento nada menos que uma caricatura ao melhor estilo Ralph Steadman).

Quem diria depois de um ano pelas baias do interior paulista eu me transformaria.
Meu renomado amigo, despeço-me concluindo que é impossível medir o que se transforma.

"O mundo ainda precisa de muita loucura para chegar a sanidade..."

...

O artísta empresta carisma ao personagem.
O poeta lápída a palavra.
(Ah vida bela, ah vida rara...)

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Questão Existencial.

Não sei ao certo por quantas me tornei escritor. Talvez porque eu seja metade o que eu escrevo, metade o que eu sinto ou então pelo simples fato de me tornar secundário e artificial aos olhos de quem vê.

( ops, aqui é onde eu digo: FODA-SE)

É, esse mundo é mesmo cheio de aparências, e cada uma merece um livro, daqueles grandes e emoldurados com capa dura. Não sei, penso que alguns seriam mais lentos e banais e falariam exaustivamente de rotina e solidão. Outros teriam suas páginas viradas com os ventos da liberdade e seus rodapés cheios de areias, sem esquecer dos que fariam suspense, em cada pagina um mistério para desvendar na próxima.

Me tornei escritor para viajar sem sair do lugar. Fazer das palavras a minha rota de fuga para outra realidade: aquela que transforma os pensamentos em formas reais e coloridas.

Enfim, eu sou aquele que redige o tempo, maestro da minha arte. Sofro abalos sísmicos, as vezes, me sinto genial, maduro e inovador, por hora. Mas quem sou eu?

De cesariana nasceu a poesia...