terça-feira, 9 de junho de 2009

Aspas que Aquecem.

Os dias passam como página no meu diário, (e enfim o inverno chegou)...

Vem mais perto de mim, sinta a chama explicita no recinto, veja bem de dentro da minha história e verás que os degraus da loucura beiram a sobriedade. Ao longo dos anos, eu sigo caminhando com aquele brilho intrigante no olhar para o horizonte e perguntando ao meu nobre estado de espírito - “será o ego o verdadeiro culpado de todos os nosso excessos?”-.

Está frio demais para pensar agora.
Calor nesse junho senil? Nem durante o sol do meio dia. Mas o frio também “enchiquece” o povo, meu caro leitor. Mulheres desfilam de lá pra cá com seus cachecóis, blusas com plumas ou pelos de animais exóticos pra esquentar a nuca, dá gosto de ver.

Senti um cheiro de naftalina no exato momento que eu cheguei na terra da garoa.
(Terra da garoa nada, terra de frio lascado, sô!)

Eu e meu bigode ralo. ( alguns me acharam parecido com o Mazaropi, outras pessoas diziam quem estava mais para uma galã da novela das seis), minha vestes quase rupestres, a pequena mochilinha encardida que eu carregava todos meu ideiais e minha caixa preta, (essa hora era de celebre merecimento nada menos que uma caricatura ao melhor estilo Ralph Steadman).

Quem diria depois de um ano pelas baias do interior paulista eu me transformaria.
Meu renomado amigo, despeço-me concluindo que é impossível medir o que se transforma.

"O mundo ainda precisa de muita loucura para chegar a sanidade..."

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