terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Amor, ódio, amor.

Prendendo a respiração, olho pra baixo. É realmente uma grande queda, não parece fácil, desço do pedestal e não enxergo mais a minha sombra e ela não está sóbria. Meus passos lentamente se afastam do fim, os olhos ainda flertam e clamo “deixe o meu coração ir”.

- Me culpe.

-Me ame.

-Me odeie.

- Para sentir-me é preciso ser mais intenso e menos moralista!

É isso! Nós somos a própria escória, os malucos, poetas e drogados. Quem se importa?

Podem jogar-me as pedras, eu pequei e não ligo em sofrer, apenas vou fluindo em cada milímetro da dor e então....BUM... Todos me esperam, e agora?

Então, segundo as normas da sociedade, não passo de um doente, um viciado em criticá-la, sou eu que sujo suas entranhas, tripas e veias com sprays Colorgin e uma ironia exacerbada.

TUTUTÁ...TUTUTÁ...TUTUTÁ...TUTUTÁ...TUTUTÁ...TUTUTÁ...
Guitarra imaginária, bateria seqüencial, gritos e berros exuberantes!

Os passos firmes da revolta me trouxeram de volta, os olhos claros da moça bonita e o gostinho de ser o poeta mais vagabundo do mundo.

Prendo a respiração, olho pra baixo. Estou de volta.

Um comentário:

  1. Prendendo a respiraçao...

    Sentindo um pouco da sua sensaçao!
    Olhando para baixo, sinto medo de nao estar de volta!

    sentir, intensamente... será que consegui?

    Fantástico!

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