segunda-feira, 19 de outubro de 2009

IA, IA, IA Ô!

Caímos na estrada....

Vinícius, meu grande companheiro, sambista e também boêmio, juntamente com Carol, amiga firme e forte dona de um cheiro único de uva doce.

A idéia de irmos a Oktoberfest, em Blumenau, surgiu assim, num piscar de olhos. Bebíamos angustiadamente, sem ter o que fazer, e foi quando meu cumpadi soltou na roda:

- Vamo pra Oktober, porra!

De fato essas saídas decididas de última hora, são as melhores! Portanto concordamos no ato. E de fato, saímos de casa em poucos minutos. Livres, leves e loucos.

Na minha cabeça, como único iniciante no evento, passava um bando de alemães bêbados e sem noções, dançando aquelas suas danças típicas como um bando de ébrios.

Isso já era sensacional! Quem não gosta de beber e dançar feito louco?

Já na estrada, chuva e mais chuva. Risadas e mais risadas. Até chegar lá, nenhum dos dois deu folga. Lembrávamos de tempos áureos de terra da garoa, de amizades em comum, e a patota me contava como era a tal Oktoberfest.... E então, avistei a placa no alto de um prédio:

“Bem vindo a Oktoberfest 2009!”

Estávamos em Blumenau. Sensacional!

Nos rostos de Carol e Vinícius, era evidente o sorriso grato da realização. Semblante de quem gosta de viver a vida. E beber cerveja. Afinal é para isso que estávamos ali.

Logo ao entrar, já peguei um chopp quente (e não foi por opção), pra alemão nenhum botar defeito, mas eu como brasileiro não gostei muito não! Mas tudo bem, afinal aquela era uma festa típica, e eu estava definitivamente no clima.

Bebi, bebi, bebi, bebi, be-bi, be bi, bibe, be bibi....... Bebô?

Cerveja demais, sô!
Resolvi dar uma pausa, antes que começasse a falar alemão. Quando olhei pra trás, tínhamos nos perdido de Carol. Pouco tempo depois, Vinícius foi ao banheiro e nunca mais voltou. O que fazer? Beber mais? Dançar como um alemão bêbado e sem noção? Sim e sim.

ZIG ZAG, OI, OI! ZIG ZAG, OI, OI!
IA, IA, IA Ô!

Me perdi nas brumas, sonhava alto com deusas gaulesas e o velho continente que alimento o sonho de um dia conhecer, por um momento me senti na velha Germânia. Me embriagava em mim mesmo, poeta que sou, sempre estou a refletir.

Tudo muito bom (cervejas-danças-meu alemão), mas nada de Vinicius, nem de Carol. A festa chega enfim ao seu fim, e nada.... Sai pelos portões com o dia clareando e nada....

Andei mais ou menos uma hora até encontrá-los. Bêbados, como eu. Aliás, tirando a polícia e os médicos, todos eram alemães bêbados, pelo menos naquele dia, naquele clima, no sorriso dos meus amigos, que consequentemente fez brotar o meu!

Felizes podíamos voltar para a casa, porém, ainda havia outro churrasco (regado a chopp, é claro), dali a alguma horas, mas, amigos, essa é outra história...

Tschüss!

7 comentários:

  1. bela aventura !!

    um conto bem divertido !! rsrsrs

    abraços de alemão

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  2. a ha. s-e-n-s-a-c-i-o-n-a-l-!

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  3. que delíciaaaaa.... é muito bom sair assim... falar vamos e ir.

    amigos, cervejinha, alegriaaa e loucurass saudáveis!!!

    Fantasticoooo poetinhaa!!!

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