quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O último blues.



Pode o mundo inteiro estar errado e eu certo!?
Tenho me entregado tão facilmente a situações inesperadas
Entrado em paradas erradas que se tornaram certas
Desenhando com restos de corações no box do banheiro
Fazendo da minha semente e do meu sangue poesia

Bom, eles me chamam de incompreendido
Apenas como pelas beiradas nesta grande lasanha
Já interpreto outro personagem sendo a mesma pessoa
Você sofre porque acredita em coisas que não entende

Somos apenas restos do que deu certo
Um espasmo do que já fomos um dia
Aquele erro calculado, porém incalculável

A certeza é tão imprecisa
Aposto que alguém escuta eu gritar “salve-me” no fundo dos seus sonhos  
Essa sensação é grande demais para caber na minha libido
Aquele sorriso que reflete constelações é razão da minha dor estômago
Ninguém conseguiu mergulhar em mim
E todas as minhas personalidades estão esperando...

Até onde isso é verdadeiro?

Agora estou defecando dentro da sua visão
Deixando meus ovos e minhas manias de estimação 
Sensibilizando com tudo que me ensinaram a odiar
Verdades são consequências que você construiu com uma mentira
E é certo que estou descobrindo uma nova teoria da evolução
Onde não sentimos essa sensação de médico e paciente
Onde cada vida vale uma patente
E as plantas são regadas com bourbon 

3 comentários:

  1. Sem palavras para expressar a minha vontade de gritar este seu post/poema/etc... Pqp!
    Clap clap clap! <3

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  2. buenoooo...vejo melhor por aquii...

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  3. Das suas melhores poesias. É bom vir aqui e ver o sol ou, às vezes, ser ferido por um espinho insuspeito. É vida. E vida, como o seu blog, nunca é demais.

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