terça-feira, 12 de abril de 2011

Quase vivo.

Escuto a melancolia do pingar solitário de um chuveiro. Interrogo-me, raro, como nunca. Ponteiros pontiagudos dão ritmo a paranóia e minha escala está serena e delicada, como nunca e como sempre desejo.

Amo-a! Com toda força e imaginação. Destoa a realidade, cobrindo o preto com vermelho, drenando dois corpos por inteiro e extremo é o sentimento vazando de nossas cabeças insanas e voadoras.

Em lenços e lençóis claros, um olhar pisciano, uma piscina de fluidos e instintos. Na superfície da derme, calor e arrepio, tudo em dobro e “infinitidecional”.

Na cadência dessa carícia é fácil anotar o inexprimível, sinto desejo no seu toque bipolar de amor e paixão. Tento descrever esse momento, mas ainda não inventei a palavra.

Sobram beijos e olhares que inflamam o fogo do espírito e fazem os corpos gritarem em Sol maior “SIM, ESTOU VIVO, PORRA”.

Uma lágrima escorre pelo meu rosto, está chovendo.

5 comentários:

  1. "um olhar pisciano, uma piscina de fluidos e instintos."

    "Na cadência dessa carícia é fácil anotar o inexprimível."

    Gênio.

    ResponderExcluir
  2. chove chuva, chove sem parar. Que chova!

    ResponderExcluir
  3. Com "melancolia do pingar solitário de um chuveiro", "no seu toque bipolar de amor e paixão" e "uma lágrima escorre pelo meu rosto, está chovendo", só posso dizer: Bravo! Lindo, cara. Lindo. Forte abraço.

    ResponderExcluir
  4. "como nunca e como sempre desejo"

    espetacular, cast!

    ResponderExcluir