segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Terraço.

A vista dos morros é cheia de cores e insinuações a beleza, que por sinal não cabiam na minha janela. Isso é literalmente a reflexão. E ponto.

Horas, dias e meses a fio pensando em Roberta ( sim, ela tem uma vagina e sabe disso), por mais que eu bebesse vinho e me perdesse na rotina, chegando no meu quarto o seu cheiro era presença e essência dos fins das minhas madrugadas boêmias.

O ônus do anus é a minha solidão, que se transforma numa prisão domiciliar regada a vinho, salgadinhos Torcida e um resto de dignidade, bem pouco, mas ainda sensível ao toque e vista a olho nu. Nunca chorei de amores, mas hoje eu sei que já traguei desse doce veneno, sem ao menos me dar conta.

Ao lado de Roberta eu era, amável, heróico, fabuloso e romântico.

Você que leu essas poucas linhas consegue me imaginar assim?
Nem eu, pois é...

Agora eu fico a admirar a vista da minha janela, tão preciosa que chega a ser despretensiosa. Enquanto tem tempo pra matar, ainda há o que sonhar.

Roberta se foi, eu fiquei. E ponto.

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