domingo, 13 de janeiro de 2013

Faz de conto.



O mundo perdeu sua virgindade neste fim de tarde meio estrelado
simplesmente resisto em ser eu mesmo
banhando a nuca em águas frescas e azuis
com os pés numa trip serena entre girassóis
desenho na sombra o que sobrou de mim
Sorrio, meio que por um segundo, com a maior sinceridade da terra
envolto em plasma e fluxo vaginal
começando mais esta estrofe de vida

Tenho o poder de injetar estrelas nos teus olhos
tirar a leveza das suas roupa e colocá-las em você
abrir as palavras com carinho e lentidão
pra que compreendas melhor a minha maneira de não ser
num afago eterno embarco nas ondas cibernéticas
dedilho teu rosto e penso:
“esse carinho é impossível de evitar” [...]

Domingo, dia da colheita de sentimentos
devastados, inteiros, internos e intensos monstros severos  
Restou-me apelar pro blues e para as palavras já molhadas
quase alcanço as estrelas nestas madrugadas caladas
Amanheceu dentro de nós...
acordo sozinho na minha varanda sem sacadas.

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