segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Gestação.

Dos penduricalhos de mim, que faço relicários pra você:

Quando te beijo, eu giro, rodopio

Quando os olhos se encontram, eles se masturbam

Nus, eles se insinuam

E mais...


Enquanto me debatia nas sombras nostálgicas

Pleonasmos malditos e antenados

Dormiam ao meu lado amarrados

Dormiam ao meu lado amarrados


Há tempos atrás, isolado

Abandonado e drogado

Deitado no chão, olhando o teto sem estrelas

Desacreditando de “Marias Madalenas”

Viciado apenas nos meus dilemas


Eu já odiei todo mundo, assim como você

Eu já me odiei, assim como você

Nossa comunhão é deixar transparecer...

Amém.


À distância eu já sabia

Minha canção preferida

Minha melodia sensitiva

Beijos que causam paralisia


Amor, esse trilho de nuvens doces

Tirou o lodo dos meus olhos

Espreguiçou-me

Numa eterna manhã de sábado

A viver, permito-me


Imagine tudo e mais...

Estamos em tempos de paz...


Te amo pelo que você não é

E amo o modo como você me ama.


5 comentários:

  1. Imagine tudo e mais... Estamos em tempos de paz...mas coisas que tiram a paz...

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  2. "Te amo pelo que você não é
    E amo o modo como você me ama."

    Precisa dizer alguma coisa?
    Sim: gênio!

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  3. insano, muito bom !!!

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  4. Poema parido. Poema que o pariu. De fato e de feto, parabéns! Abraços.

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