terça-feira, 23 de novembro de 2010

Bom em odiar.

O poeta é sempre imprevisível.
ora cabeludo,
ora pelado,
ora pequeno,
ora dotado.

As minhas palavras gostam de quebrar linhas, agora não! Conversei com elas pausadamente, durante um mês, na maior experiência humana da minha vida, livre. Sentado na minha mente, virei o pensamento ao contrário, e pela primeira vez, não me senti preguiçoso.

- Não!

Minha auto-relação é umbilical, fruto de um gesto inesperado. Desde embriões os homens procuram o ponto de encontro da raiva com o ódio, eu já estive na fronteira do amor próprio e não pulei. Estive lá sim, toquei as extremidades dos sentimentos de leve, reparei em cada sinapse, senti o gosto e a depressão de cada pequeno pecado no ritmo e harmonia da minha natureza.

- E me envergonha! E me mancha!

Sai pra fora do vazio, esqueci das risadas e dramas por mais contagiantes que fossem, das palavras e também das meias, apenas sorri e materializei a minha alma porque posso ser qualquer coisa, qualquer coisa!

Escolhi ser poesia porque minha imaginação é quem me acolhe.

Imagens alucinadas,
Imagens alucinadas,
Nirvana,
Nirvana carnal

Vazio como um peido.
Again.

2 comentários:

  1. mudando de assunto, vc tem 40 pila ai pra me empresta?
    quer dizer 60 !

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  2. labirinto. sua laceração de linhas e expressões mostram sua imprevisibilidade.
    Cifras pedidas.
    E esse seu amor pacional pela poesia derrota a folha em branco.
    Obcecado, obcecado...

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