segunda-feira, 17 de maio de 2010

Claridade insana.

Quando ela chora, elas choram.
Quando mamãe chora, uma mancha.
Quando eu durmo, eu esqueço.
Quando eu ejeto prazer, eu padeço.

De novo. E mais uma vez...

E se a história virasse estória
o mundo, ah o mundo
não fosse só uma grande tramóia
uma desculpa gigante
perante
verdadeiras apelações

COMO POSSO ESQUECER?

Beijos e formas intermináveis
combustível em combustão
explosão de expressão
mais paixão...

Mais doença, mais desconfiança
vida, oh vida
por quê tu não tens fiança?

Tempo demais em frente a TV
macacos vidrados na fraqueza
horas de outrora
Amém.

**

Nesse mundo papelão é cama
Enquanto isso...
sindicalistas bebem e fumam seus charutos.

Quando padeço, esqueço
Tudo bem.
Quando choro ainda enxergo claramente o infinito.

4 comentários:

  1. por quê tu não tens fiança? eu não pagaria, só pra poder ficar com você.

    Se eu choro eu enxergo seu infinito, nu e cru.

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  2. explosivo....intenso...marginal...rockeiro...malditamente contaginte... unicamente único.

    A arte reviveu nas tuas mãos!

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  3. "Nesse mundo papelão é cama
    Enquanto isso...
    sindicalistas bebem e fumam seus charutos."

    Versos intensos e sinceros. De arrepiar! Sem hipocrisia!

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  4. Audácia de se desnudar por inteiro,
    sua alma pura, sua coragem de gritar e se mostrar Você grita o que os outros calam
    assume sua postura com autenticidade
    e principalmente navega na liberdade.
    não canso de te ler.
    POETA.
    Sabes que te admiro!!

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