AGORA!
É hora de enfrentar, de sofrer, chorar, sei lá....Let’s go!
Você aqui, mas na real, foda-se o que pensas, quero seguir assim, desintegrar no meio dessas palavras sujas e carrancudas, aliviando e me maltratando um pouco.
A terra, os vermes, as formigas e as baratas já provam da minha carne, entram na derme lentamente feito vaselina, e algo aqui me agrada. Talvez seja essa doença incolor, não fluorescente de origem clóroformica. Sobe e desce, dos pés as cabeças, finito e infinito: vida inteira diante dos olhos.
Gritar. Espalhar a palavra por toda a parte.
Explodir de dentro pra fora, mudar tudo
do vermelho pro azul, mudar tudo
de casa pro trabalho, mudar tudo
A cada dia pareço mais com o que eu quero ser, do meu jeito, claro.
Tomamos um drink e eu te destilo com um olhar vivo, enquanto você luta com a sua cabeça tentando descobrir o que penso, quem sou. Quem? Pergunto-lhe, quem?
Suas novidades já são velhas novidades, elas envelheceram com nós, se tornaram velhas e bêbadas como todos nós, cheios de pensamentos tortos, inclinados e distantes. Tudo bem, é só mais um pouquinho de paranóia. Chega a doer em você?
Parem de me olhar, odeio essa cara de destruição em massa, me suga pro “underground”, me bata, me acuda e me masturba. Estaria sonhando? Ainda ando pelas palavras e chuto os seus padrões feiticeiros, me olho no espelho: poeta, artista e desordeiro. Oh meu deus, isso aqui parece um puteiro!
ACORDE! AGORA!
Anjos queimam lentamente,
bruxas na fogueira de Salém,
amores que não pertencem a ninguém,
vida, vidas, vidros e prisões
esquecidas, desmerecidas
pequenino menino, asas fraturadas
coração rachado, humor espacando
obrigado.
Não, não tenho medo de morrer.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
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Léo, definitivamente uma obra prima, poucos são os que transformam dor em arte. Obrigado.
ResponderExcluireu tenho.
ResponderExcluirtenho medo de tudo, tanto é que quase não chego ao fim!
"Al fin, una razón para morir, pensó."
ResponderExcluirLéo, é sempre gostoso ler o que escreves. Sempre transparente, sincero, e belo.