Peço calma e cubro a alma.
De fininho um passarinho canta pra anunciar a brisa,
sou meia pessoa, a outra é só amor.
Viajei para encontrar meu coração em uma queda da água.
Legalizei todos os meus antigos vícios e orifícios. Dancei como nunca havia dançado antes.
O céu azul do campo, o pasto molhado, a rede amarrada nas pilastras da casa de tijolinho.
Esse cenário, essa sociologia me deu a idéia maluca de misturar texto com poesia.
Ana na verdade era bela.
Cabelos loiros e sempre enfeitados com uma rosa posta com carinho acima da orelha, olhos pequenos da cor do vento, nariz fino, buchechas e boca cor de rosa.
(Com toques gravitacionais decorei cada circunferência...
parece que todas as garotas que passaram foram um respiro para esperá-la.)
Amei a pureza de uma camponesa num fim de tarde de um dia cego para o resto do mundo, sob a grama observamos horas e horas a orquestra das borboletas no ar mais puro do alto da colina, toda a purificação que buscava nessa viagem estava ali ilustrada em olhos de uma cor que eu nunca havia visto antes.
Tudo aquilo era intenso e emocionante ao mesmo tempo, os beijos pregam alegria, o vinho embriagava e a ventania levantava fluídos e essências da mãe terra.
Então adormeci.Acordei só, procurei no meu coração, vasculhei a minha alma e a purificação ainda estava lá.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
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A purificação ainda estava lá. Coisa boa. Você é um cara de sorte. Belíssimo texto, parabéns.
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