Acordou e não sabia onde estava, se era passado ou futuro, só sabia que tinha ressaca e não dignidade. Tateou os lados, não conseguia abrir os olhos, a cabeça latejava e o corpo doía, então parou para pensar, tentar montar um quebra cabeça da noite passada...
As 19 h abriu a primeira latinha de cerveja, acrescentou sal e limão, três ou quatro goles eram suficientes, foi assim durante algumas horas. As 23h estava bebendo vodka nacional na sala da sua quitinete no centro da cidade, ouvindo música: ele dançava, gesticulava e falava sozinho.
Jovem salivava a vida, desenha seus sonhos com suas loucuras, ia do topo ao fundo do poço num segundo, milhares de pensamentos o invadiam e desaguavam na incerteza da dúvida. Era sempre assim.
As 2 da manhã já havia caído na noite de braços abertos e a noite o havia abraçado.
Estava tudo ok, numa balada escura, pessoas estranhas e cheiro de fumaça.
Sentou-se e acendeu um cigarro.
Segundos depois se encantou com Amélia, a seguiu com os olhos, levantou-se e sentou ao seu lado.
- Who is gonna dance?
Animou-se e a convidou para dançar. Ela aceitou.
- Você é sempre assim tão despretensioso?
Amélia foi direta como uma flecha.
- Eu sou o que as pessoas chamam de estranho.
Ele foi sincero, ela gostou. Se beijaram.
5 da matina, estava indo pra casa dela com a camisa aberta, um copo plástico do qual o conteúdo ele não se lembra e o seu pensamento era todo da cabeça de baixo. Essa foi a sua última lembrança.
- Bom dia João.
Amélia trazia uma bandeja farta com café, pão, suco e uns docinhos.
É João, realmente não existe mulher feia é você que não bebeu demais.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
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Hahaha, final surpresa. Bom!
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