Preciso ver o céu daqui, nem que seja pela última vez, ele continuará claro e úmido para sempre, eu sei. Sei também que ele é único e me deixa com uma tonalidade inquietante.
Futurista. A sombra dos meus passos cobre o meu tempo.
Travo batalhas entre eu e mim. Elo sem fim....
Dentro (underground) é escuro, e mãos tremulas sempre guiam ao meu canto: no chão colchão, no teto que a fumaça toca: um trago doce é a alta ilusão. Pronto, agora estou livre para sofrer em paz, viajar num tubo rumo à Nova Era.
Oh vida, esperas por mim?
Converso com Maiakóviski, Blake e até Leminski...
- Antigamente, eu tinha medo do crepúsculo da noite, hoje andamos de mãos dadas, o que me inspira – maldição! -, fatalmente ela é bela e sublime, como uma gaulesa de olhos da cor de cacto. Seduz os fracos, como eu, nas frias noites primaveris outubro a dentro....
- Oh inspiração! Lhe desejo como o viciado sedento de mãos tremulas, que sou.
Paro e penso. Penso tanto que saio do corpo. É o Aborto de todo o discernimento.
“ Sou uma contradição, sóbria e anêmica, prazer.” – Apresentou-se a loucura-
Ao fundo, posso ouvir Kurt Cobain gritar com a fúria de um anjo que fugiu do céu:
- Marijuana. Marijuana. Marijuana.
Então, concluo em voz alta, olhando pro céu:
- Isso é mais do que eu agüento. Pare por favor.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
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eu tinha medo do crepúsculo da noite, hoje andamos de mãos dadas, o que me inspira – maldição! -, fatalmente ela é bela e sublime, como uma gaulesa de olhos da cor de cacto.
ResponderExcluirFANTASTICO!
Não pare, por favor.
ResponderExcluirE vc ainda deseja a inspiração?
ResponderExcluirAo que parece, não te falta!