Sol e chuva no casco.
E essa vontade expressa em signos insubstituíveis e irremovíveis.
Fazendo-me visionário, pés nus sobre o chão frio, a cabeça outrora consciente, hoje poeticamente correta. Acredito estar além. É como se no poema do mar, eu mergulhasse.
Vejo cristais de vida, no fundo, forças anárquicas me impulsionam no caminho das delícias inquietas e verdadeiras. Elas cheiram a manteiga, como os recém-nascidos.
A minha doce fúria, neste dia ficcional, gritou suavemente.
A dissolução da normalidade, instaurou uma nova era, descrita por mim em prosa viva que penetra a carne e faz o sangue suar. É engraçado, porque eu escrevo e gosto de reparar no desenho das palavras, cada ponto e vírgula, como uma frase se forma, e eu me formo com elas. Sim, o amor é vírus mutante.
Impulsionado pelas forças anárquicas, retorno a supérflua superfície.
O mar, maior que todos nós, a tona de mim, vivo como nunca aos meus olhos jovens.
Sol, chuva e vida toda nua.
Gotas caem levemente, inundando-me de vaidades, o vento, brisa minha, instiga.
Pedaços de inspiração caem do céu e meu estado emocional parece clarear ao ver o sol se pôr. Me faltam palavras e sobram sensações. É uma pena, no mundo real poucos me enxergam, poucos querem as minhas palavras, sejam elas sóbrias ou embriagadas – que lastima!-, pois bem nobres cretinos, danem-se, preciso mergulhar no meu travesseiro de sonhos novamente.
Boa viagem.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
A viagem foi otima! Ler seus poemas é sempre uma boa loucura.
ResponderExcluirTe vejo nas palavras surdas, mudas, sobrias e embriagadas.
sol e chuva e vida toda nua...
Adorei Léo.
ResponderExcluirMuito lindoooo
adorei, encantador! :D
ResponderExcluirPuxa...cai aqui por acaso e adorei!
ResponderExcluirMergulhar nas sensações é infinitamente melhor do que ler belas palavras que não significam nada...